29/08/14

Karma.

Foi tão rápido que nem deu para escrever sobre ti.
Não deu para escrever o quão bem eu me sentia ao pé de ti, o quão divertidas conseguiam ser as nossas decisões de última hora ou o quanto eu me preocupava em estares bem. Não deu porque essas mesmas decisões de ultima hora tramaram a nossa (ou melhor, a Minha) vida; está visto que és perito nisso.
Pergunto-me se pensas em mim a mesma quantidade de vezes que eu penso em ti, não é muita vez acredita, mas, ainda assim, todos os dias, por 5 minutos que seja, eu penso em ti. Tens os teus problemas e tanta, tanta, tanta vez eu usei a minha veia de psicóloga que acabei por me esquecer que me estava a meter num sarilho dos grandes. Agora percebo muito bem porque é que nos dizem, sempre, para não deixarmos os nossos sentimentos interferir nos nossos casos, a ponto de os "condicionar". Não que fosses um 'paciente', não que me fosses totalmente indiferente, as circunstâncias não eram, de todo, as melhores mas eu gostava da pessoa que eras.
Ceguei, acreditei e fodi-me. Sim, este é o termo correcto, mas até ver, estou a lidar bem com isso.
Provavelmente até te por a vista em cima com ela atrelada a ti.






Vou aproveitar o que me resta do Verão, vou continuar a crescer porque tenho planos, projectos e objectivos a cumprir. Muitas mudanças e outro tipo de prioridades.
Vou apostar em mim porque não há ninguém mas importante que eu. Enquanto pensar assim nenhuma porta se atreve a fechar, estou certamente mais ambiciosa que nunca.

05/08/14

Só te apercebes que pertences a um sítio quando sentes um aperto no coração quando o deixas.

Só te apercebes que estás ligada a uma cidade quando sais dela e tudo o que é teu fica lá. Os bens materiais vêm contigo, mas não significam nada ao lado da vida que tu preferes. Não é em todos os lados que consegues ser tu própria sem rodeios, sem pesadelos, sem conversas.
Só te apercebes quando a cada passo que dás, as tuas pernas tremem e não se querem mexer. Quando entras no autocarro e os teus olhos automaticamente cerram de água salgada.

Só te apercebes que estás tão ligada aos teus amigos que nem te consegues despedir deles como querias. Que os dias para cumprir as promessas de que se vão voltar a juntar vão ter muito mais do que 24 horas. Quando um  "ate já" pode significar muito mais do que um simples "adeus". Quando um "volta rápido" te deixa sem saber o que fazer, ou dizer, porque a tua única vontade é ficar por tempo indeterminado. Vir embora significa enfrentar sozinha todos os problemas que tens andado a evitar. Que vão ser dias fechada em casa a remoer sempre no mesmo como se as questões na tua cabeça não tivessem fim.Que um simples olhar, sorriso ou cometário não te vão fazer esquecer, momentaneamente, o pior que há em ti neste momento.


Só te apercebes que vais ter saudades da tua própria vida quando deixas para trás tudo o que é tão teu.

24/07/14

As mulheres são o ser Humano mais extraordinário à face da terra.
Pode parecer cliché mas é verdade. A história do livro de instruções, por muito ofensiva que por vezes seja, faz todo o sentido. E engana-se o Homem que acha que só nós é que nos conseguimos compreender, porque por vezes nem isso acontece. Somos hormonais de natureza, quiçá desde os primórdios. Estou mesmo a imaginar uma australopiteca a ficar toda depré quando não havia aquele belo javali de onde ela ia fazer o seu próximo casaco de peles. Ou quando o marido ia para as caçadas e não lhe dava a atenção que ela achava que merecia... Isto já para não falar da poligamia, que o ciume é um sentimento forte! Tudo isto, ainda que com uma pitada de modernidade continua a acontecer, a diferença é que agora nós conseguimos ser muito mais inconstantes e exigentes do que na altura. 

Mulher que é mulher tem o dom de se contrariar a si própria e de achar que mesmo assim está absolutamente certa. E também nos sujeitamos a situações que não são dignas da modernidade. Fascina-me a mulher que se consegue 'anular' por alguém. Eu aprendi a gostar de mim em primeiro lugar e depois sim, vir outra pessoa qualquer. É claro que toda a gente tem o seu lugar na nossa "lista-de-pessoas-altamente-prioritárias" mas ainda assim, se somos tão boas a esquematizar mil e uma coisas ao mesmo tempo, também deveríamos conseguir fazer isso no nosso campo afectivo. Não me venham dizer que o amor, nas suas várias vertentes, cega porque sinceramente eu não sei bem se consigo acreditar nisso. Sim, é bom acordar todos os dias e ver arco-iris e unicórnios. Não, não é bom acordarmos e pensarmos que a primeira coisa que nos apetece fazer é falar com alguém que já explicou que haviam determinados limites que não podiam ser ultrapassados ou quando a outra pessoa nos trata mal, mas mesmo assim continuamos a aceitar isso dando sempre a ultima e eterna oportunidade.

Nós que dizemos ser tão práticas e despachadas, que estamos sempre um passo a frente, ás vezes conseguimos estar 3 passos atrás. Se lutamos pelos nossos direitos com tanta garra, deveríamos lutar igualmente pelos nossos deveres. O dever de sermos felizes, de termos liberdade para nos assumirmos como donas do nosso próprio nariz. O dever de nos aceitarmos tal e qual como somos e acima de tudo estarmos bem com isso. Isto porque as grandes mudanças partem do nosso interior, do que vemos no espelho todos os dias ao acordar, do cabelo desgrenhado à passagem do batom que nos faz sentir mais especiais e confiantes.

20/06/14

Ás vezes temos que oficializar as coisas. Na minha cabeça eu já o fiz, no meu coração é que ainda não, porque não sei como é que isso se faz. Como é que dizemos ao coração uma coisa que nos custa admitir? Uma coisa que nem conseguimos dizer em voz alta... Eu não te queria apagar do meu lado mais quente, mas também não quero morrer gelada, só porque me foquei demais em ti. Não quero parar com a minha vida porque tu assim o decidiste fazer, não quero viver mais na incerteza de te ter, ou não ter, e não me quero sujeitar mais a conformismos, só porque gostava do que me davas, de como me fazias sentir ou daquilo que eu alguma vez sonhei ter contigo.

Hoje curiosamente fazes anos. Há um ano, ou dois, atrás eu fazia-te mil e uma surpresas, passava dias e dias a pensar como é que me conseguia superar, como é que eu te fazia ver o quanto eu gostava e lutava por ti. Hoje fazes anos, e este ano nem sei se te devo dar os parabéns ou não. Tenho medo. Medo do incerto. Medo de vacilar perante a minha cabeça e de me deixar ir na onda do meu coração...Esse que, especialmente agora, não pode voltar atrás. Porque finalmente, ainda de coração meio cheio, conseguir dar um grande passo em frente. Por isso é que mais uma vez, dos milhares que o fiz, te escrevo aqui, onde sei que não vais ver, mas que eu posso desabafar à vontade porque foi aqui que tudo começou, e provavelmente é aqui que vai acabar... Por isso é que, com os olhos cheios de lágrimas, o corpo a tremer, e as palavras a falhar digo "Aqui jaz, o nosso amor."

E com o cursor a piscar horas a fim no fim daquela frase o meu coração ficou bem apertado. Não era esta a prenda que te queria dar. Continuo-te a desejar o melhor, como sempre o fiz, mesmo quando não compreendia as tuas atitudes. Mas ser só mais uma na tua vida, também não é o que eu quero para mim.

10/04/14

Ás vezes achamos que conhecemos as 'melhores' pessoas, mas depois, ao fim de um tempo, percebemos que elas são tão vulgares como todas as outras.
Realmente a expectativa é uma coisa muito tramada...