20/06/14

Ás vezes temos que oficializar as coisas. Na minha cabeça eu já o fiz, no meu coração é que ainda não, porque não sei como é que isso se faz. Como é que dizemos ao coração uma coisa que nos custa admitir? Uma coisa que nem conseguimos dizer em voz alta... Eu não te queria apagar do meu lado mais quente, mas também não quero morrer gelada, só porque me foquei demais em ti. Não quero parar com a minha vida porque tu assim o decidiste fazer, não quero viver mais na incerteza de te ter, ou não ter, e não me quero sujeitar mais a conformismos, só porque gostava do que me davas, de como me fazias sentir ou daquilo que eu alguma vez sonhei ter contigo.

Hoje curiosamente fazes anos. Há um ano, ou dois, atrás eu fazia-te mil e uma surpresas, passava dias e dias a pensar como é que me conseguia superar, como é que eu te fazia ver o quanto eu gostava e lutava por ti. Hoje fazes anos, e este ano nem sei se te devo dar os parabéns ou não. Tenho medo. Medo do incerto. Medo de vacilar perante a minha cabeça e de me deixar ir na onda do meu coração...Esse que, especialmente agora, não pode voltar atrás. Porque finalmente, ainda de coração meio cheio, conseguir dar um grande passo em frente. Por isso é que mais uma vez, dos milhares que o fiz, te escrevo aqui, onde sei que não vais ver, mas que eu posso desabafar à vontade porque foi aqui que tudo começou, e provavelmente é aqui que vai acabar... Por isso é que, com os olhos cheios de lágrimas, o corpo a tremer, e as palavras a falhar digo "Aqui jaz, o nosso amor."

E com o cursor a piscar horas a fim no fim daquela frase o meu coração ficou bem apertado. Não era esta a prenda que te queria dar. Continuo-te a desejar o melhor, como sempre o fiz, mesmo quando não compreendia as tuas atitudes. Mas ser só mais uma na tua vida, também não é o que eu quero para mim.

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